O Columbus Dispatch publicou na semana passada um artigo em que comenta como a gravidade econômica global afetou a nona arte nos EUA. Alguém pensou que os gibis não seriam afetados com a crise?
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Com registro de vendas baixo já existem lojas de quadrinhos fechando as portas. Inclusive mesmo quem sobreviver vai demitir funcionários e aumentar seus preços. Com o Sarney no poder, quase acho que estou de volta à 89 e que alguém vai botar aquele broche de fiscal.
O panorama se torna mais lamentável quando lembramos que na época de tantos personagens no cinema, deveria haver mais vendas. Só que com revistas custando “mais caro do que gás”, fica difícil trazer novos leitores e ampliar o público consumidor.
A conta não fecha.
Com juros mais altos, a tão falada crise está transformando produtos de entretenimento em um luxo dispensável. Ninguém mais vai se endividar para comprar revistas. Ou o encadernado de luxo do mês.
Não deixa de ser impressionante relembrar que Mark Millar estava certo em suas previsões de três anos atrás com pouco atraso. Inclusive, se na época o escritor apostava na fuga de talentos para Hollywood para uma crise nas HQs, o que vemos hoje são problemas que afetam toda a indústria de entretenimento. Mesmo Hollywood teve que lidar com a greve de seus profissionais.
Oportunidade
Apesar de tudo, a crise pode ser uma oportunidade para os quadrinhos. Aliás, vamos dispensar as HQs mais descartáveis e direcionar mais espaço para o download legal de revistas? Ou seja, a indústria pode tentar parar de lutar contra os scans. E passar a usar o momento para usar canais mais populares e baratos. Ou será que a Miss Marvel vale o papel que é impresso?
A hora de inovar pode ser agora. Ou após perderem o barco a revolução digital, as editoras vão desperdiçar outra chance e mergulhar no mar das desculpas? Empresas de outros ramos do entretenimento já abraçaram suas escolhas. Peguem seus botes e remem, nerds.