Nove livros LGBTQ+ que Crivella proibiria e que você deveria ler já

Depois de toda a confusão que rolou esse ano na bienal, nós do POPOCA, achamos que seria uma excelente ideia dar opções de leitura para quem gosta de livros que poderiam ser proibidos. Uma lista especial para quem mora no Rio de Janeiro, ou simplesmente para quem acha que o que aconteceu foi um grande absurdo.

Tales of the city

Originalmente uma série de 9 livros escrita pelo americano Armistead Maupin, que começou a virar minisérie de TV, recheada de atores indicados ao Oscar e tudo, ainda nos anos 90. Mas em 2019 o Netflix lançou a mais nova mini série, com direito a ator não binário, Garcia, além de Ellen Page, Laura Linney, Paul Gross, Olympia Dukakis e Barbara Garrick. Confesso que não li os livros, mas a série de 2019 é MARAVILHOSA. A série de livros, e de TV, conta a história de diversos personagens da sigla LGBTQ+ ao longo de diversas décadas na cidade de São Francisco.

 

Com amor, Simon

Mais um livro que mudou de formato! Apesar do livro ser de 2013, no original Simon vs. the Homo Sapiens Agenda, o filme só saiu em março de 2018 e fez o maior sucesso, mesmo sem ter atores de grande renome (sim, estou colocando a Jennifer Garner nessa lista). O livro conta a história de Simon, um adolescente gay que ainda está no armário e nunca contou nada para seus amigos ou família.

 

Me Chame pelo Seu Nome

Outro livro que virou filme! Porque o lance é proporcionar várias formas das pessoas encontrarem essas histórias, RÁ! Dessa vez, o livro, lançado ainda em 2007, traz a história de dois jovens judeus que se conhecem na Itália ainda nos anos 80 e o que acontece nas décadas seguintes. Tem a questão de diferença de idade também…

 

The Brightsiders

Esse livro é razoavelmente novo, lançado em 2018, e a resenha já saiu aqui no Popoca! Conta a história de Emmy King, uma adolescente famosa que não sabe como sair do seu armário de bissexual para os seus fãs.

Emmy é uma adolescente prestes a completar 18 anos e que é baterista de uma banda famosa. Ela convive com pais abusivos e com a sua bissexualidade.

Demos 8,5 na nossa resenha. Vale a pena.

ZAMI: A NEW SPELLING OF MY NAME

Apesar do livro ser de 1982 (aguardem a resenha!), ainda não foi traduzido para o português. É a autobiografia de Audre Lorde, negra, bissexual e ativista. A autora norte americana de origem latina é um ícone da literatura de resistência dos EUA.

Ela morreu em 1992, mas se você quiser saber mais a respeito o pessoal do Geledés tem bastante conteúdo ao seu respeito. Em especial, vale ler o texto de Patricia Anunciada sobre sua poesia: “Sua poesia é forte e reflete conflitos internos e externos advindos de sua condição de mulher negra em uma sociedade marcada pelo machismo e pelo racismo. Nem dentro do movimento feminista ela tinha apoio, pois apontava as fragilidades desse movimento e a necessidade de se tratar de questões relativas à realidade das mulheres negras, que eram completamente ignoradas. Audre foi uma das precursoras do movimento feminista interseccional”.

She’s Not There: A Life in Two Genders

Para quem procura o “T” da sigla LGBTQ+, a autobiografia de Jennifer Finney Boylan é uma excelente indicação! Ela retrata todo o seu período de transição e como isso afetou suas amizades e sua vida de casada. O livro é razoavelmente recente, publicado em 2003.

She’s not there: a life in two genders foi o primeiro best-seller de uma mulher transexual americana. O livro fez a autora ser figurinha carimbada de talk-shows norte-americanos como Oprah Winfrey Show, Larry King Live, The Today Show e outros. Jennifer também foi foco de um documentário do canal CBS 48 Horas.

The Secret Diaries of Miss Anne Lister

O livro é uma coletânea organizada por Helena Whitbread dos diários de Anne Lister, uma mulher lésbica que viveu no início do século XIX. Claro, já virou série de TV, pela BBC, em 2010. Vale conferir! É praticamente a história do lesbianismo.

 

Lili: A Portrait of the First Sex Change / A Garota Dinamarquesa

Depois do filme A Garota Dinamarquesa, todos já ouviram falar da Lili, certo? Certo.

O que nem todos sabem é que não só ela era uma pessoa real, mas que deixou vários diários. Todos foram editados por Niels Hoyer em um livro lançado em 2015! E o filme famoso foi baseado também num outro livro sobre Lili.

Pode fazer uni-du-ni-tê.

Azul é a cor mais quente

Para fechar essa modesta lista, não podíamos deixar de fora a Graphic Novel que virou filme! Escrita e ilustrada pela francesa Julie Maroh, é uma das mais lindas que já li (aguardem a resenha). O filme já é mais controverso, com direito a acusações das atrizes com relação ao diretor…

E você, de que cor do arco-íris você é?

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