To all the boys I’ve loved before – Para Todos os Garotos que Já Amei

SPOILER FREE

Então… uma coisa que vocês precisam saber é que eu sou uma ratinha da Amazon, sempre em busca de coisas novas para ler. Além de sempre à caça de um livro a um bom preço, e no começo desse ano me deparei com Para Todos os Garotos que Já Amei aí, lançamento, que me deixou curiosa por conta da premissa: jovem adolescente de 16 anos tem como costume escrever cartas para os meninos de quem ela gosta para desabafar e “superar” o seu amor, depois ela guarda as cartas e segue com a vida. Tudo vai bem até que um dia alguém encontra essas cartas e as envia pelo correio.

Para Todos os Garotos que Já AmeiPois é… achei a ideia extremamente instigante! O que você faria quando algum antigo namorico seu resolvesse te abordar porque recebeu uma carta dessas? Olha a situação!

E curiosa do jeito que eu sou, não resisti e comprei o livro, estava barato mesmo…

E confesso que me surpreendi! É bem draminha adolescente? É.

Tem momentos extremamente constrangedores? Claro, com essa premissa não tinha como não ter.

É divertido? Muito, mas muito mesmo, em um momento o meu marido veio ver se eu estava passando bem de tanto que eu ria. Sério.

Surpresa

Mas o livro é mais do que isso, porque para deixar as coisas mais interessantes, ele foi escrito por uma americana que é descendente de coreanos, e claro que a personagem principal e sua família tem essa mesma característica, então temos um retrato muito interessante do que é ser uma adolescente com o “estigma oriental”, que, por exemplo, não pode se fantasiar de qualquer personagem da Disney no Halloween porque é confundida com personagens de mangá, e que mantem o contato com sua cultura ancestral através da comida. É muito bacana ver esse tipo de coisa sendo retratada num livro para adolescentes, por mais que a autora não ofereça nenhum tipo de reflexão sobre o assunto, é importante e interessante ver isso sendo mostrado.

Seguindo o mesmo tipo de raciocínio, o livro também acaba abordando (ainda que sem refletir, mas pelo menos apontando e deixando bem claro) situações de machismo e de bullying pelas quais as meninas adolescentes passam nas escolas americanas, o que também achei muito válido, ainda mais em conjunto com a questão étnica. Por isso que é um livro muito legal para adolescentes lerem, afinal não vem “cheio de lição de moral”, mas como tem as situações explícitas, tem como tratar desses assuntos por fora da leitura, o que pode ser muito enriquecedor.

Problemas

Agora, o livro não é perfeito. O problema maior, na minha opinião, está na falta de consistência da personagem principal, que na verdade mesmo não sabe muito bem o que está sentindo pelos meninos para os quais escreveu. Se você acha que adolescentes são assim mesmo, não é um problema, mas achei meio superficial nesse sentido.

Outra superficialidade está justamente na falta de reflexão com relação a temas importantes na vida da personagem principal, que é uma menina de etnia mista, americana e asiática. A forma como ela mostra as situações pelas quais ela passa poderia ter algo mais a oferecer ao leitor, além da pura descrição da coisa. Complicado como nada disso influencia suas decisões amorosas ao longo do livro.

Independentemente dos problemas, o resultado final é um livro muito divertido e com grande potencial de agradar.

Nota 9.

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