A fábula dirigida pela atriz Brie Larson chamou atenção por ser sua estreia como diretora. Mas talvez seja o roteiro de Samantha McIntyre, que também faz uma pequena participação, que merecesse mais elogios. Loja de Unicórnios é uma história simples, mas bonita sobre os desafios do mundo pós-moderno.

Tudo parece ter dado errado para a jovem Kit (Brie Larson). Ela foi expulsa da faculdade de artes, precisou morar com os pais e não tem perspectivas para o futuro. Tudo isso até ver uma oportunidade em uma agência de empregos temporários ao mesmo tempo que recebe uma misteriosa oferta de… Adquirir um unicórnio. Será que é verdade?

Brie Larson consegue trazer seu olhar de diretora para aproveitar suas melhores qualidades como atriz. O dueto com o vendedor (Samuel L. Jackson, que também atuou com ela em Capitã Marvel) e Virgil (Mamoudou Athie) revela muita sensibilidade e generosidade da diretora-atriz com seus companheiros de cena. Nada mais justo. Jackson parece um garoto ao viver um personagem tão dessemelhante de outros. Já Athie (que pode ser visto em Get Down no Netflix) se impõe em cena com uma voz expressiva e uma atuação que traz uma dose de realidade crua em uma história tão fantástica.

Loja de Unicórnios

Parte deste sucesso tem muito a ver com os diálogos da história escrita por Samantha McIntyre. Conversas que flertam com o irreal e com o cotidiano de forma hábil e verossímil.

A fábula chega ao seu clímax com ares de fantástico, mas sem ser moralista ou panfletária. Loja de Unicórnio se confirma como uma história sobre ter o seu próprio caminho para crescer. Uma bonita história.

Nota: 9

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